Pontífice continua internado para tratar quadro de pneumonia bilateral, e seu prognóstico permanece ‘reservado’
O Papa Francisco teve uma “melhora ligeira e contínua” em seu quadro de saúde, segundo boletim médico divulgado na tarde desta quarta-feira pelo Vaticano, sem fazer menção a um “estado crítico” como nos últimos quatro dias, embora mencione novamente que seu prognóstico permanece “reservado”. O Pontífice de 88 anos está internado desde o dia 14 no Hospital Gemelli de Roma com uma pneumonia bilateral, e passou por uma tomografia de tórax na terça-feira à noite, com resultados que mostraram uma “evolução normal” de um quadro inflamatório pulmonar.
Quadro de saúde
Ainda segundo o último boletim, “a leve insuficiência renal detectada nos últimos dias retrocedeu” e os exames laboratoriais mais recentes confirmaram a melhora observada no dia anterior. “O Santo Padre continua com oxigenoterapia de alto fluxo e, até o momento, não apresentou crises respiratórias asmáticas”, continuou a Santa Sé.
O líder espiritual de 1,4 bilhão de católicos no mundo passou “uma noite tranquila e está descansando”, afirmou a Santa Sé em um breve comunicado emitido pela manhã.
Esta foi a primeira vez em cinco dias que o boletim mais completo, normalmente publicado durante a noite (tarde em Brasília) pela Santa Sé, não faz uma menção a um “estado crítico” de saúde do Pontífice. A primeira vez que o termo foi citado foi no boletim do dia 22, sábado, quando Francisco começou a apresentar crises respiratórias, e foi repetido em todos os dias seguintes.
Diante do estado de saúde delicado do Pontífice, o Vaticano iniciou na segunda-feira suas vigílias noturnas de oração na Praça de São Pedro, reunindo centenas de fiéis em sua primeira noite, ecoando as preces que antecederam o falecimento do Papa João Paulo II, em 2005.
Na Argentina, centenas de fieis também se reuniram na segunda-feira na praça localizada em frente à estação de trem de Constitución, no centro de Buenos Aires, muitas vezes frequentada por Francisco quando ainda era conhecido como Jorge Bergoglio, arcebispo da capital argentina.
Por O Globo e agências internacionais — Cidade do Vaticano